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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O que é Logoterapia e Análise Existencial? (Por Estudando Psi - YouTube)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

JESUS E A LOGOTERAPIA

Jesus e a Logoterapia

Um dos ensinamentos revolucionários de Jesus foi que a grandeza é decorrência do serviço. O ato radical de lavar os pés dos discípulos não era algo novo para Jesus desde a decisão tomada por ocasião das tentações, passando pelos últimos momentos do ministério, até o encontro com o bom ladrão na cruz, Jesus deu a mais absoluta prioridade ao ato de servir. Ao tomar a toalha e lavar os pés dos discípulos, ele exerceu sua liberdade de escolher o que fazer com sua vida. A escolha foi clara para ele, a realização consistia em atender às necessidades dos semelhantes e, por consequência, em servir a Deus. No ato simbólico do serviço, ele ressaltou a ênfase que fora elemento básico em sua pregação. Como todo bom professor, ele reforçou o conceito demonstrando-o. Ele sabia que a maioria das pessoas tem dificuldade em aceitar a via do serviço como modo de vida; ele sabia que era necessário um ato radical para chamar a atenção dos discípulos para a prioridade que ele atribuía ao serviço. E quando os discípulos começaram a discutir sobre “qual seria o maior” (cf. Lc 22,24), ele sabia que precisava corrigir essa visão equivocada deles. Em grande parte, o sofrimento neurótico resulta de uma perspectiva equivocada. De um modo ou outro, o neurótico compôs um quadro do seu lugar na vida que não corresponde à realidade. Impotente em meio a demandas conflitantes, ele deixa que as circunstâncias moldem sua vida, até sentir-se pouco mais do que uma vítima do destino. Educado numa era científica, cai presa fácil da falácia do determinismo, seja ele biológico, psicológico ou sociológico, encurralado pelas limitações de defeitos físicos, mutilado pelo condicionamento emocional ou ainda emaranhado em padrões culturais. Inseguro das próprias forças, fica à deriva de padrões de relacionamento ineficazes ou mesmo destrutivos e que se tornam rígidos com sulcos congelados em lama profunda. Mesmo quando percebe a inadequação do comportamento inflexível, sua visão de vida é tal que se sente impotente para mudar. É bem evidente que a principal preocupação de Jesus era corrigir uma visão errônea da vida. em seu contato com o jovem rico quanto com a mulher samaritana, com Marta, com Simão fariseu, com o endemoninhado de Gerasa ou com os discípulos, o relato é muito claro: seu grande propósito era ajudá-los a ver a vida com outra perspectiva. Além disso, nos incidentes em que a conversa não se prolonga (com Zaqueu, com o jovem paralítico e com o enfermo de Betesda), é evidente que deve ter havido troca de palavras. Em cada caso Jesus nunca se satisfez com mudanças pequenas, mas sempre encaminhou a uma reorientação mais fundamental. Assim, ele estimulou o jovem rico a se livrar de sua dependência dos bens materiais, a mulher samaritana a procurar sentido num nível mais elevado que o do sexo e Zaqueu a descobrir a vida restabelecendo laços dos relacionamentos comunitários. Onde quer que as pessoas estivessem se desviando para caminhos sem saída, ele apontava o erro e as ajudava a encontrar um novo caminho. Haverá motivos para acreditar que o neurótico dos nossos dias precise menos do que isso? Poderá alguma terapia realmente alcançar seu objetivo quando visões irreais da vida não são questionadas, quando padrões de comportamento inapropriados não são examinados? É princípio da logoterapia que a maior parte da tarefa terapêutica consiste em corrigir visões da vida falsas, em contestar filosofias inadequadas. Reconhecendo que a visão de um indivíduo é limitada por sua experiência de vida, Frankl entende que a tarefa terapêutica de vida inclui a organização de argumentos para questionar visões de mundo destrutivas, e afirma: “Por isso procuramos enfrentar o ceticismo básico tão frequentemente expresso por nossos pacientes e desenvolver os contra-argumentos necessários para anular os efeitos do niilismo ético”. Nesse sentido, a logoterapia complementa a psicoterapia tal como esta é normalmente concebida e se adapta melhor ao padrão do ministério habitual de Jesus do que a maioria das teorias contemporâneas do mundo terapêutico. Assim, Frankl diz: Enquanto a tarefa da psicoterapia é revelar as bases psicológicas de uma ideologia, a tarefa da logoterapia é revelar os defeitos existentes em fundamentos lógicos inadequados para uma visão de mundo, e assim efetuar uma readaptação dessa visão. Frankl ilustra a abordagem logaterapêutico típica no caso de uma professora muito culta que estava sendo tratada de depressões recorrentes de origem orgânica. O primeiro enfoque foi somático, com a prescrição de uma droga (ópio). Ficou evidente, porém, que o problema de fato era a reação da mulher à depressão, por isso foi indicada psicoterapia. Uma vez iniciada a psicoterapia, a paciente liberou grande parte do que havia reprimido dentro dela. Ela expôs toda sua angústia espiritual – sua opinião desfavorável a respeito de si mesma, a pobreza do conteúdo e do sentido da sua vida – a existência sombria de uma pessoa que se sentia irremediavelmente incapacitada por essas depressões recorrentes a que o destinou a condenara. O procedimento de Frankl consistiu em orientar a paciente a “ignorar o quanto possível seu estado depressivo, e acima de tudo a evitar devaneios lúgubres sobre sua depressão”, mas ele foi bem além disso, entrando no campo da logoterapia. O que se recomendava agora era um procedimento que fosse além do tratamento psicoterapêutico no sentido estrito do termo. Nesse caso, fazia-se necessário um tratamento logaterapêutico. Era função do médico mostrar à paciente que sua aflição – essas depressões recorrentes – apresentava-lhe um desafio. Como os homens são livres para tomar uma posição racional a respeito de processos psíquicos, ela estava livre para assumir uma atitude positiva com relação a essa aflição. Seu destino devia conduzi-la à decisão de plasmar sua vida de modo consciente e responsável apesar das dificuldades internas que o obscureciam. Frankl conclui o relato com estas palavras: Depois dessa análise existencial – pois era disso que se tratava – apesar de outras fases de depressão endógena e mesmo durante essas fases, ela conseguiu viver uma vida caracterizada por uma consciência da responsabilidade e mais plena de sentido do que antes do tratamento... Certo dia, essa paciente conseguiu escrever para seu médico: “Eu não era um ser humano até o senhor me transformar em um”.

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