sábado, 11 de fevereiro de 2017
Logoterapia: A psicoterapia existencial humanista de Viktor Emil Frankl. (Por Estudando Psi - YouTube)
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
O que é Logoterapia e Análise Existencial? (Por Estudando Psi - YouTube)
POR QUE OS CRISTÃOS SOFREM E SÃO PERSEGUIDOS?
Fazendo uma análise social e religiosa que presenciamos no nosso tempo e também na história, podemos destacar três grupos de pessoas, 1) Os que aceitaram a Cristo, mas que se deixaram ser influenciados pelo mundo. 2) Os que aceitaram a Cristo e optaram sinceramente em viver integralmente os Mandamentos de Cristo Jesus. 3) E os ateístas. Dentre estes três grupos isentamos o segundo grupo, pois estes por demonstrarem um amor e entrega sinceros a Jesus, estão determinados a morrer por ele, Atos 21:13: "Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus".
Os que amam a Jesus estão até prontos a morrer por Ele, e pelo Evangelho. Mas, aos que vivem buscando glórias terrenas, estes sucumbirão, infelizmente; pois buscam para si e não para os menos favorecidos, - pois o verdadeiro Cristão, que conserva sem deturpação os ensinamentos do Mestre, se doa ao próximo, não buscando glórias vãs, mas sim, se oferecendo a fazer a vontade daquele que os chamou segundo seu propósito. Sendo discípulos, precisamos imitar o que o Mestre nos diz em Mat. 16: 24 - 26: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma"?
O Evangelho de Cristo foi sendo alterado ao longo dos anos através das ministrações. Descontextualizaram e omitiram o contexto real, o verdadeiro propósito da mensagem bíblica - Que é a mensagem da Salvação de Deus Pai oferecido pela Graça aos que creem, através da crucificação e ressurreição de Cristo. O que vemos, atualmente, são alguns que se apregoam, "homens de Deus", mas que trazem somente em seus falatórios eloquentes um Cristo triunfalista, glorioso, (o que não deixa de ser) mas que desprezam intencionalmente, a passagem do Senhor Jesus Cristo na terra, quando viveu entre nós, anulando, inclusive a passagem da paixão e crucificação do Senhor Jesus Cristo. Na Segunda Epístola de João Cap. 1: 7 - 11, ele nos adverte, sobre estes falsos mestres:" Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo. Olhai por vós mesmos, para que não percais o fruto do nosso trabalho, antes recebeis plena recompensa. Todo aquele que vai além do ensino de Cristo e não permanece nele, não tem a Deus; quem permanece neste ensino, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. Se alguém vem ter convosco, e não traz este ensino, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda participa de suas más obras."
Tiago A. Vitti
Ser Evangélico
Na verdade, ser evangélico, no sentido real da palavra, é crer e obedecer ao evangelho de Jesus. Porém, atualmente, como veremos mais adiante, em virtude da apostasia (desvio da fé) generalizada nestes tempos finais, o termo "evangélico" tem adotado uma outra concepção na mentalidade das pessoas.
A Palavra é clara ao revelar uma grande apostasia assolando as eklesias (denominações) cristãs nos últimos tempos. Usamos o termo eklesias (igrejas) para separá-lo do termo "Igreja", que é o corpo espiritual de Jesus, no qual se reúnem espiritualmente e misticamente todos aqueles que são salvos pela graça e sobre a qual as portas do inferno não podem prevalecer. Já o termo "eklesias" (denominações), se refere às congregações físicas onde os membros da Igreja e até mesmo aqueles que estão no meio desses membros mas não pertencem ao Corpo se reúnem periodicamente. Veja o que Jesus revelou sobre o amor ágape (espiritual) no seio das eklesias nos últimos tempos:
"E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará" (Mateus 24:11-12).
O que vemos hoje são grupos que, usando como pretexto o nome de Deus e o evangelho, procuram o lucro financeiro e o poder político. Não deveríamos estar surpresos com a gigantesca apostasia que assola as eklesias, já que a Palavra nos alerta há 2000 anos:
"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita" (II Pedro 2:1-3).
É por isso que, atualmente, o termo "evangélico" perdeu seu verdadeiro sentido na mente das pessoas do mundo, em função do comportamento de líderes que "tem aparência de piedade e negam a eficácia dela". Há algumas décadas, ser evangélico era ser "alienado", "louco" ou "fanático". Tais adjetivos foram usados desde o começo do cristianismo para os verdadeiros seguidores do Mestre e Pedro nos mostra a grandiosidade de sermos participantes das aflições de Cristo, sofrendo a rejeição do mundo:
"Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte" (I Pedro 4:14-16).
Porém, ser evangélico hoje, na mentalidade da maior parte das pessoas, já não significa necessariamente seguir fielmente o evangelho de Jesus Cristo, mas pertencer a um determinado segmento da sociedade, o qual é utilizado para diversos fins humanos (políticos, pessoais, institucionais, megalomaníacos, etc.) Ser evangélico atualmente é correr o risco de ser confundido com aqueles que usam o evangelho de Jesus como fonte de lucro, trilhando um caminho de escândalos e de práticas antibíblicas, em função da gigantesca apostasia que se expande no seio das eklesias que se intitulam "evangélicas".
Se antes a perseguição contra os servos do Senhor era totalmente infundada, hoje a perseguição contra os evangélicos tem muita fundamentação, em função da apostasia. São numerosos os escândalos que surgem periodicamente no seio das igrejas evangélicas. Geralmente, os grupos evangélicos que tem mais acesso à mídia e, consequentemente, à opinião pública, são grupos que se caracterizam por constantes escândalos, levando as pessoas a taxarem todos os servos do Senhor de acordo com o padrão deturpado exposto por esses grupos.
É evidente que a graça do Senhor é tão grande que atua em qualquer lugar, inclusive naqueles que pregam o evangelho com outros interesses (Filipenses 1:16-19). Também é evidente que o joio deve permanecer com o trigo até o momento da ceifa (Mateus 13:24-30) e que Jesus revelou que os escândalos são inevitáveis, diante da fraqueza humana (Lucas 17:1-2). Como já ressaltamos, tudo isso que está ocorrendo dentro das igrejas, já está profetizado (I Timóteo 4:1, Mateus 24:11-12).
Em função disso, o termo "evangélico" perdeu seu significado real e original na mente das pessoas. Nós, do Projeto Ômega, somos evangélicos (seguimos e obedecemos ao evangelho de Jesus), mas não queremos pertencer ao que hoje se denomina de "segmento evangélico". Fazemos parte do Corpo de Cristo pela graça de Deus, e isso já basta. Não defendemos nenhuma denominação ou eklesia em detrimento de outra. Quando alguém nos pergunta a que igreja pertencemos, respondemos "pertencemos à Igreja, pois só existe uma: a Igreja que é o Corpo Espiritual de Cristo".
É óbvio que o ato de congregar com nossos irmãos e exercer nossos ministérios na congregação faz parte dos planos do Senhor. Porém, fica aqui o nosso alerta: chegará o momento em que pertencer a uma denominação "x" ou "y" perderá sua importância atual, devido à perseguição generalizada que haverá contra as eklesias que seguem genuinamente a Palavra de Deus e não se dobram diante do ecumenismo e do humanismo.
Nos tempos tribulacionais, a forma de reunião e congregação adotada por nossos irmãos primitivos voltará a ser preciosa. Reuniões feitas em lugares pequenos, escondidos, fora dos "mega-templos", "cultos-shows", "pregadores e artistas da música gospel", mas cheios da presença do Senhor e de servos do rei dispostos a tudo por Seu Senhor, até mesmo perder suas próprias vidas e serem martirizados. Será que todos estão preparados ou conscientizados para essa realidade tão próxima?
Também chegará o momento em que, devido à apostasia generalizada já revelada na Palavra, os verdadeiros servos do Senhor terão que desviar-se daqueles líderes apóstatas que "promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes" (Romanos 16:17), sob o risco de serem enganados pelo sistema da besta, ao qual se dobrarão tais líderes gananciosos e apóstatas.
Cremos que esse momento de decisão se aproxima a passos gigantes e, em alguns casos, já é uma realidade!... Que o Senhor nos conceda discernimento para identificar quem realmente está comprometido com a Sua verdade, coragem para desviar-nos daqueles que querem enganar o povo de Deus e perseverança para, mesmo em meio aos tempos tribulacionais de perseguição, apostasia e martírio, permanecermos fiéis até o fim!
"E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas" (Apocalipse 18:4).
"E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mateus 24:11-13).
Em Cristo,
Jesiel Rodrigues
JESUS CRISTO: O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA
Somos seres limitados e por algumas vezes, nos deixamos cegar ao vendarmos os olhos e cauterizarmos a nossa consciência para esta constatação. A arrogância e a autossuficiência são os obstáculos que dificultam sermos sóbrios. Nós homens limitados enquanto formos jamais atingiremos a plenitude do conhecimento de Deus, do universo, e da transcendência da alma. Como aconteceu no passado e ocorre atualmente, foram se construindo vários cristianismos - todos à sua "maneira" individualista e ambiciosa de defender sua cristandade, o resultado disso, seriam as suas “diversas verdades" propagadas (heresias) desde o início do Cristianismo até o atual momento. Para quem já se debruçou a ler o livro de Agostinho: Um drama de humana miséria e divina misericórdia sabe do que estou falando. Santo Agostinho se colocou a serviço após sua conversão a lutar pela unidade cristã, pois neste tempo, aflorava dezenas de cristianismos com suas pluralidades de teologias cristãs.
O Senhor Jesus disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 7, 16). Ele mesmo afirmou: "Eu sou a luz do mundo! Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida!" (Jo 8,12). É de prever que nós homens e mulheres tenhamos o anseio de conhecer a verdade. O mundo tecnocrata nos oferece através da filosofia, das ciências e das religiões, os "conhecimentos"; que dentre estes nos aperfeiçoam a usufruirmos de aptidões que visam unicamente o nosso conforto e a praticidade do dia a dia. O temor que há nisso, ocorre quando depositamos nossas confianças "nas coisas deste mundo" que são transitórios e não perene, ao passo de olvidarmos os mandamentos daquele que é o Autor de nossa Fé: Jesus Cristo. A respeito disso a Escritura nos diz: "Estai atentos, para que o vosso coração não fique insensível por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e não vos surpreenda aquele dia, pois ele cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra" Mat 21: 34 - 35.
A partir das reflexões dos ensinamentos de nosso Mestre principalmente ao que corresponde a sua "Paixão, Crucificação e Ressurreição", concluímos que somos libertos de nossos pecados, quando cremos e aceitamos a Cristo, mas, com um, porém, que guardássemos os seus mandamentos como Ele bem o enfatizou. Guardando seus mandamentos testificaremos verdadeiramente que amamos ao Senhor Jesus e assim nos tornaremos discípulo (a)s e a verdade que é o Senhor Jesus nos libertará da morte. Consoante a este parágrafo Jesus afirmou: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá. Você acredita nisso"? - João 11:25-26. Deste modo que possamos ter a coragem de resistir ao mal que nos vêm com suas propostas tentadoras; se formos fiéis reinaremos com o Senhor Jesus Cristo, segundo o que consta em Apocalipse 2:8-11 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte".
Tiago A. Vitti
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
JESUS E A LOGOTERAPIA
Um dos ensinamentos revolucionários de
Jesus foi que a grandeza é decorrência do serviço. O ato radical de lavar os
pés dos discípulos não era algo novo para Jesus desde a decisão tomada por
ocasião das tentações, passando pelos últimos momentos do ministério, até o
encontro com o bom ladrão na cruz, Jesus deu a mais absoluta prioridade ao ato
de servir. Ao tomar a toalha e lavar os pés dos discípulos, ele exerceu sua
liberdade de escolher o que fazer com sua vida. A escolha foi clara para ele, a
realização consistia em atender às necessidades dos semelhantes e, por
consequência, em servir a Deus. No ato simbólico do serviço, ele ressaltou a
ênfase que fora elemento básico em sua pregação. Como todo bom professor, ele
reforçou o conceito demonstrando-o. Ele sabia que a maioria das pessoas tem
dificuldade em aceitar a via do serviço como modo de vida; ele sabia que era
necessário um ato radical para chamar a atenção dos discípulos para a
prioridade que ele atribuía ao serviço. E quando os discípulos começaram a
discutir sobre “qual seria o maior” (cf. Lc 22,24), ele sabia que precisava corrigir
essa visão equivocada deles. Em grande parte, o sofrimento neurótico resulta de
uma perspectiva equivocada. De um modo ou outro, o neurótico compôs um quadro
do seu lugar na vida que não corresponde à realidade. Impotente em meio a
demandas conflitantes, ele deixa que as circunstâncias moldem sua vida, até
sentir-se pouco mais do que uma vítima do destino. Educado numa era científica,
cai presa fácil da falácia do determinismo, seja ele biológico, psicológico ou
sociológico, encurralado pelas limitações de defeitos físicos, mutilado pelo
condicionamento emocional ou ainda emaranhado em padrões culturais. Inseguro
das próprias forças, fica à deriva de padrões de relacionamento ineficazes ou
mesmo destrutivos e que se tornam rígidos com sulcos congelados em lama
profunda. Mesmo quando percebe a inadequação do comportamento inflexível, sua
visão de vida é tal que se sente impotente para mudar. É bem evidente que a
principal preocupação de Jesus era corrigir uma visão errônea da vida. em seu
contato com o jovem rico quanto com a mulher samaritana, com Marta, com Simão
fariseu, com o endemoninhado de Gerasa ou com os discípulos, o relato é muito
claro: seu grande propósito era ajudá-los a ver a vida com outra perspectiva.
Além disso, nos incidentes em que a conversa não se prolonga (com Zaqueu, com o
jovem paralítico e com o enfermo de Betesda), é evidente que deve ter havido
troca de palavras. Em cada caso Jesus nunca se satisfez com mudanças pequenas,
mas sempre encaminhou a uma reorientação mais fundamental. Assim, ele estimulou
o jovem rico a se livrar de sua dependência dos bens materiais, a mulher
samaritana a procurar sentido num nível mais elevado que o do sexo e Zaqueu a
descobrir a vida restabelecendo laços dos relacionamentos comunitários. Onde quer
que as pessoas estivessem se desviando para caminhos sem saída, ele apontava o
erro e as ajudava a encontrar um novo caminho. Haverá motivos para acreditar
que o neurótico dos nossos dias precise menos do que isso? Poderá alguma
terapia realmente alcançar seu objetivo quando visões irreais da vida não são
questionadas, quando padrões de comportamento inapropriados não são examinados?
É princípio da logoterapia que a maior parte da tarefa terapêutica consiste em
corrigir visões da vida falsas, em contestar filosofias inadequadas.
Reconhecendo que a visão de um indivíduo é limitada por sua experiência de
vida, Frankl entende que a tarefa terapêutica de vida inclui a organização de
argumentos para questionar visões de mundo destrutivas, e afirma: “Por isso procuramos
enfrentar o ceticismo básico tão frequentemente expresso por nossos pacientes e
desenvolver os contra-argumentos necessários para anular os efeitos do niilismo
ético”. Nesse sentido, a logoterapia complementa a psicoterapia tal como esta é
normalmente concebida e se adapta melhor ao padrão do ministério habitual de
Jesus do que a maioria das teorias contemporâneas do mundo terapêutico. Assim,
Frankl diz: Enquanto a tarefa da psicoterapia é revelar as bases psicológicas
de uma ideologia, a tarefa da logoterapia é revelar os defeitos existentes em
fundamentos lógicos inadequados para uma visão de mundo, e assim efetuar uma
readaptação dessa visão. Frankl ilustra a abordagem logaterapêutico típica no
caso de uma professora muito culta que estava sendo tratada de depressões
recorrentes de origem orgânica. O primeiro enfoque foi somático, com a
prescrição de uma droga (ópio). Ficou evidente, porém, que o problema de fato
era a reação da mulher à depressão, por isso foi indicada psicoterapia. Uma vez
iniciada a psicoterapia, a paciente liberou grande parte do que havia reprimido
dentro dela. Ela expôs toda sua angústia espiritual – sua opinião desfavorável
a respeito de si mesma, a pobreza do conteúdo e do sentido da sua vida – a
existência sombria de uma pessoa que se sentia irremediavelmente incapacitada
por essas depressões recorrentes a que o destinou a condenara. O procedimento
de Frankl consistiu em orientar a paciente a “ignorar o quanto possível seu
estado depressivo, e acima de tudo a evitar devaneios lúgubres sobre sua
depressão”, mas ele foi bem além disso, entrando no campo da logoterapia. O que
se recomendava agora era um procedimento que fosse além do tratamento
psicoterapêutico no sentido estrito do termo. Nesse caso, fazia-se necessário
um tratamento logaterapêutico. Era função do médico mostrar à paciente que sua
aflição – essas depressões recorrentes – apresentava-lhe um desafio. Como os
homens são livres para tomar uma posição racional a respeito de processos
psíquicos, ela estava livre para assumir uma atitude positiva com relação a
essa aflição. Seu destino devia conduzi-la à decisão de plasmar sua vida de
modo consciente e responsável apesar das dificuldades internas que o
obscureciam. Frankl conclui o relato com estas palavras: Depois dessa análise
existencial – pois era disso que se tratava – apesar de outras fases de
depressão endógena e mesmo durante essas fases, ela conseguiu viver uma vida
caracterizada por uma consciência da responsabilidade e mais plena de sentido
do que antes do tratamento... Certo dia, essa paciente conseguiu escrever para
seu médico: “Eu não era um ser humano até o senhor me transformar em um”.