22 de novembro de 2024

TRECHOS DO LIVRO: EDWIGES - A SANTA LIBERTÁRIA (2ª PARTE)

 

livros; Santa Edwiges; Evangelho; parte 2
As virtudes de Edwiges

No primeiro dia de sol, ajudado pela irmã Adelaide, Henrique levou a mulher para conhecer os povoados vizinhos de Glogan e Loewenberg, onde ela encontraria, entre as ostentações dos nobres, uma quantidade assustadora de miseráveis perambulando pelas proximidades dos castelos. Todos famintos e debilitados.

Assim que aprendeu a se comunicar em polonês – começando pelas traduções das orações do Padre-nosso e da Ave-maria –, Edwiges costumava sair do castelo de Breslau com uma pequena comitiva (a cunhada Adelaide, que tinha a mesma idade, estava sempre junto) para visitar as choupanas vizinhas e avaliar as condições de vida de seus moradores. Edwiges estava engendrando, com o apoio luxuoso das finanças do marido e da própria economia, uma forma objetiva de assistência social, levando alimentos, agasalhos e esperança aos necessitados.

Sabe-se que o tom de formalidade predominava como norma nas relações conjugais da Idade Média. Marido e mulher eram duas entidades separadas, algumas vezes unidas pelos mesmos interesses e crenças. A relação sexual, por exemplo, era entendida como uma concessão de Deus visando à procriação. Era, portanto, algo formal. A castidade, nesse contexto, seria um apreço especial ao amor divino, transformado em renúncia aos prazeres da carne. Diante dessa conjugação de valores, Edwiges e Henrique decidiram, em comum acordo, criar algumas regras de conduta íntima. Por “comum acordo” entenda-se uma imposição dela que Henrique, por força de circunstâncias até mesmo políticas, acabou aceitando. O “acordo” tinha como primeira regra a abstinência sexual durante a gravidez e nos quarenta dias após o parto. O mesmo comportamento deveria ser observado durante a Quaresma, nas vigílias das grandes solenidades cristãs e aos domingos, por ser o dia do Senhor. Págs. 34-35.

Apesar dessas medidas restritivas, que falam muito da falta de afeto e do excesso de formalidade entre os cônjuges. Edwiges seria mãe aos 13 anos. Foi uma experiência frustrada, na verdade, pois o bebê – que seria batizado como o nome dela – viveu apenas três meses, de fevereiro a abril. Um ano depois chegava Ignês (ou Sofia, como aparece em alguns documentos), também morta prematuramente. Nessa época, a maioria dos recém-nascidos não passava dos primeiros meses e poucos dos sobreviventes chegavam à adolescência. As crianças sucumbiam às febres, gripes, diarreia e outras infecções, que em pouco tempo se tornavam graves e fatais. Não havia antissépticos e apenas algumas plantas serviam como remédio.

Henrique, que tanto esperava pelo primeiro filho, não se conformava com a falta de sorte e, revoltado, mantinha um comportamento agressivo com a mulher. Edwiges rezava na esperança de poder dar um herdeiro ao marido. Vestia-se com extrema simplicidade e fazia caridade em hospitais e asilos. Tentava livrar das grades os miseráveis, muitas vezes resgatando suas dívidas com os agiotas. Ela estava apenas começando a construir, com gestos simples e objetivos, aquela que seria considerada – no futuro – uma grande obra social. Foi nesse contexto que surgiu uma nova gravidez, a terceira, ainda incapaz de trazer esperança ou otimismo ao desalentado Henrique.

Dessa vez, porém, Edwiges resolveria passar a gravidez longe do clima conturbado da casa, refugiando-se no castelo de Laenhaus, onde certo dia assistiu a uma cena chocante: alguns servos arrastavam um homem pelo pátio, amarrado a uma corda. Era um devedor de impostos em estado de inadimplência com o burgomestre – como era chamado o funcionário encarregado de arrecadar os dízimos. O pobre homem, todo esfolado, implorava clemência e prometia resolver o problema em questão de horas, caso fosse libertado. O episódio chegou ao fim com a interferência de Edwiges, que pagou 2 marcos de prata pela liberdade do camponês. Apesar de nobre, ela sabia que a vida desses camponeses não era nada fácil. Além do trabalho pesado, estavam sujeitos a diversos impostos e taxas que pagavam ao senhor do feudo. Moravam em pequenas e desconfortáveis casas, muitas vezes de um cômodo e chão de terra batida. Mas havia um alento, no momento em que eles começaram a ser protegidos por Edwiges.

Semanas depois, numa noite de outono de 1191, os sinos repicaram na catedral de Breslau: Edwiges, aos 17 anos, dava à luz um menino forte e sadio, que seria batizado como o nome do pai, Henrique II. O nascimento do primeiro filho começava a dar contornos de família ao núcleo do casal. A maternidade deixava Edwiges mais bela e madura. Uma maturidade que seria acentuada com a morte do pai, Bertholdo, em 1204. Logo depois, viria um outro filho, Conrado, para reconstituir de maneira trágica, num futuro próximo, a história bíblica de Esaú e Jacob, sobre a desavença entre dois irmãos. Neste sentido, os Acta Sanctorum dedicam um capítulo inteiro a analisar as origens desse dissídio. Existem fortes evidências de que, apesar de o primogênito ser considerado o herdeiro natural da fortuna do pai, acontecia de Conrado – conhecido como Crespo, o favorito de Henrique – ficar com as honras de sucedê-lo. A despeito das regras tradicionalmente estabelecidas, ele foi o eleito. Em contrapartida, Henrique II receberia a cumplicidade e o apoio da mãe. p. 36-37.



A primeira obra

A ideia de construir um mosteiro em Trebnitz, tornando concreto um antigo sonho de Edwiges, surgiria após uma caçada nos pântanos da Silésia, quando Henrique (agora conhecido com o Barbado, influenciado pelo estilo dos monges) correu risco de vida ao embrenhar-se de maneira imprudente na floresta. Ele e o cavalo ficaram presos num atoleiro, e a cada movimento feito ne tentativa de escapar, afundavam-se mais. Durante a noite fria, reconhecendo-se em risco de morte e muito longe de casa, Henrique fez a promessa pensando em Edwiges: “Se eu sobreviver a isso, vou realizar o sonho dela”. Diante da gravidade da situação, a fé de Henrique ganhou contornos de oração. Foi quando algo estranho aconteceu – ele diria depois que um “vulto” teria saltado sobre o lodaçal, tomando as rédeas da situação, afastando o cavalo para um terreno seco. De qualquer maneira, tudo foi muito rápido. Quando Henrique voltou-se para agradecer, não encontrou ninguém, apenas a escuridão. Qualquer que seja a interpretação desse episódio, pelo lado místico ou casual, o fato é que, na volta a Breslau, com o dia amanhecendo, seu estado era lamentável. Apesar disso, Henrique procurou Edwiges para dizer:

- De hoje em diante vou prestar mais atenção em você. Tudo que eu puder fazer para realizar suas obras, eu farei.

Esse episódio, em última análise, revela o prestígio de Edwiges como força espiritual. Mais tarde, Henrique diria: “Naquela noite eu pedi por um milagre. E ele aconteceu”. A construção do mosteiro em Trebnitz, que consumiu seis anos entre planejamento e trabalhos forçados, finalmente chegou ao fim em 1203.

Era uma obra monumental e cara, pois tinha as paredes e parte do teto revestidas de chumbo. O edifício havia sido construído no mesmo lugar onde Henrique sofrera o acidente no pântano. Era o primeiro monastério exclusivamente para mulheres de se chamaria mosteiro de Trebnitz [1]. A restrição ao sexo feminino foi um pedido expresso de Henrique. Numa carta datada de 1208, ele explica: “Existem na minha terra três claustros, de três ordens diferentes, todas com representantes do sexo masculino, que podem se recolher para cuidar da salvação de suas almas. Mas, para as mulheres, não existe um claustro. As representantes do sexo feminino também têm o direito de se recolher para expiar seus pecados”.

[...].

Dizem os relatos dos Acta Sanctorum que durante o período de construção de Trebnitz, nenhum condenado à morte pelas barras dos tribunais foi executado. Por sugestão de Edwiges, todos os castigados pela pena máxima receberam indultos e foram deslocados para trabalhar na obra. Ela conseguiu tirar do cadafalso, às vésperas da morte, pessoas condenadas por dívidas ou pequenos furtos. Suas visitas aos presídios eram regulares. Ela levava comida, agasalhos e providenciava a limpeza das roupas sujas. Como as prisões eram escuras, deixava velas e tochas para que os lugares fossem iluminados. Pobres, enfermos e encarcerados estavam descobrindo o caminho do mosteiro de Trebnitz onde, a partir de agora, poderiam contar com o plantão permanente de Edwiges.

Os núcleos das abadias medievais se parecem com pequenas cidades. Em torno delas eram construídas igrejas, bibliotecas e oficinas para a produção e conservação de ferramentas e carroças, estrabarias e cocheiras. O edifício principal estava quase sempre localizado no centro de uma grande propriedade, onde se cultivava trigo, cevada, centeio e cuidava-se de videiras. Em espaços separados da casa, eram criados porcos, galinhas, patos, vacas e cavalos. Além do trabalho pesado, que acontecia até o pôr-do-sol, boa parte do tempo era dedicada à oração e ao canto sacro.

A enfermaria de um mosteiro era um lugar especial e a doença – contagiosa em particular -, uma marca do pecado. As pessoas atingidas pelo estigma da lepra (mal de Hansen), por exemplo, deveriam ser afastadas até a purgação. Ficavam isoladas nas florestas e eram frequentemente molestadas quando apareciam em local público. Quando muito, eram recolhidas por uma embarcação conhecida como Stultifera Navi e levadas para uma ilha deserta. Acreditava-se, então, que as doenças se espalhavam pelo mau hálito que, por sua vez, expressava o resultado dos “pecados da alma”. Na visão de Edwiges, essa situação de isolamento era infamante e representava uma excrescência do ser humano. p. 39.

[...]

O amor sublime

No palácio, Henrique e Conrado já eram meninos crescidos quando outros filhos vieram: Boleslau, Ignês, Sofia e Gertrudes, que foram batizados com os nomes de avós e tias. Os Acta Sanctorum registraram uma controvérsia sobre a ordem correta de nascimento dessas crianças. Em alguns documentos, Gertrudes aparece como a primogênita, seguida por Henrique II. É certo, porém, que após o parto do sexto filho, em 1208, o casal decidira formalizar, ajoelhados diante do bispo Lourenço, os solenes votos de castidade, jurando manter-se em estado de abstinência sexual até o fim da vida. era o que se chamava de “uma vida de continência”. Henrique tinha 42 anos e Edwiges 36. A cerimônia formal, oficiada no domingo da Paixão de 1209, seria acompanhada por um coral de meninos cantando Magnificat, [2], enchendo a catedral de Breslau com sons e acordes majestosos. Sobre essa situação, os Acta Sanctorum registraram o grau de cerimônia entre eles, a partir desse momento:

Por estas razões, Edwiges procurava evitar companhia e as conversas com o marido, para não ficar próxima a ele. Só o procurava quando tinha algum assunto importante a tratar, assunto que dizia respeito às obras de piedade, negócios religiosos ou auxílio aos miseráveis. E mesmo assim, em público ou na igreja, na presença de todos. Era claro que para ela o relacionamento não se oferecia à libidinagem. Quando seu marido estava doente, ela não o visitava sozinha, mas com sua nora Ana (mulher de Henrique) ou outras mulheres.

É fácil perceber que ao educar os filhos na fé cristã, incutindo-lhes um forte sentimento de piedade e apontando-lhes o caminho das virtudes. Edwiges transformava sua casa numa verdadeira igreja. Esse registro dos Acta nos permite conhecer melhor essa devoção:

Durante toda a vida, Edwiges tratou de guardar a maior honestidade em suas palavras e ações, quer nas conversas com Deus ou perante os homens. Ela sempre tratou de conservar a família sob cuidados diretos, principalmente as mulheres. Dos camareiros e outros empregados exigia disciplina e correção. Não queria intimidade com delatores, aqueles que sempre têm duas palavras, como se fossem duas almas que interferem entre si, a alma que vê e a alma que ouve, como o veneno e a mordida de uma serpente. E considerava este tipo de gente instrumento do demônio. p. 42.


___________________

1.Trebnitz – gíria que significa “nada” ou “não preciso de nada”. Uma referência aos votos de abstinência e pobreza. Assim, sempre que perguntavam às freiras do mosteiro se elas precisavam de alguma coisa, elas respondiam apenas: Trebnitz.

2. Canto religioso em forma de hino falando do encontro da Virgem Maria, mãe de Cristo, com sua prima Isabel. Faz parte da obra o Evangelho Segundo Lucas, terceiro livro do Novo Testamento.


Continuação da leitura: TRECHOS DO LIVRO: EDWIGES - A SANTA LIBERTÁRIA (3ª PARTE)

17 de outubro de 2024

TRECHOS DO LIVRO: EDWIGES - A SANTA LIBERTÁRIA (1ª PARTE)


Livro; Edwiges - A santa libertária; Autor; Toninho Vaz; hagiografia

Capítulo 1

Os milagres da fé

[...].

Quando Edwiges nasceu, em 1174, em Andesh, na região hoje conhecida como Bavária, o mundo estava em ebulição. Para alguns historiadores, a evolução ocorrida nessa época, quando tem início a formação dos Estados europeus (decomposição feudal) e a expansão do comércio e do cristianismo, só pode ser comparada ao processo desencadeado, séculos depois, pela Revolução Industrial e tecnológica. A antiga organização econômica, com pequenas cidades, industrias dispersas e mercados locais, começa a dar lugar a um sistema com outros industriais densamente povoados, produção em grande escala e comércio de âmbito mundial. A Europa se preparava, então, para viver o que alguns historiadores modernos chamam de “a Renascença do século XIII”. p.14

Enquanto a igreja alertava para “o pecado da usura e do lucro excessivo”, a Europa estava condenada a conhecer, em pouco tempo, a figura do mercador ou “intermediário” nas transações comerciais. Em temos históricos, era o surgimento da burguesia como extrato social ativo producente.

No aspecto religioso, o mundo cristão na Idade Média era uma chama viva ameaçando a soberania muçulmana no Oriente, consequência das Sete Cruzadas que tinham como objetivo primário resgatar a cidade de Jerusalém (desde 1174 nas mãos de Saladino, líder muçulmano) e restabelecer a ordem depois do Império Romano. Mesmo em nome de Jesus, e apesar do aspecto contraditório dessa iniciativa, foi grande o derramamento de sangue durante quase duzentos anos.

Ao contrário dos mártires surgidos nos primeiros anos do cristianismo, produtos do período conhecido como de “caça aos cristãos”, Edwiges não se debatia contra o estigma da discriminação religiosa. Sua dor tinha origem no próprio sofrimento pela perda do marido e dos filhos – e na solidariedade aos pobres e desvalidos. Era o que os não-cristãos chamavam de carma (ou Karman, em sânscrito) – sistema cósmico de justiça e definidor das forças que geram o destino. Mulher rica, Edwiges dedicava sua vida a construir hospitais, conventos e manicômios, edificando uma grande obra social, sempre em harmonia com os propósitos do esposo, Henrique I, duque da Silésia, uma mistura equilibrada de cristão e tirano. p.15.

As invasões mongólicas e as batalhas entre os príncipes (na disputa de poder e terras) aconteceram quando Edwiges era adulta e podem ser apontadas como a causa imediata do seu martírio. Enquanto assistia com amargura à morte do marido e dos filhos nos campos de batalha, a beata amenizaria sua dor abraçando a causa dos miseráveis. Para melhor conduzir sua fé, isolou-se no mosteiro de Trebnitz, da Ordem Cistercienses, que durante muito tempo seria administrado por sua filha caçula Gertrudes.

[...].


Capítulo 2

A menina de ouro

[...].

É certo que Edwiges nasceu em berço nobre. Seu pai, Bertholdo III, um católico fervoroso, ostentava vários títulos nobiliárquicos: era duque de Merânia, conde o Tirol e príncipe da Coríntia, além de bisneto de Frederico I, o Barba-roxa, que por sua vez era neto do imperador Otto, o patriarca. O poderoso Barba-roxa foi, durante quarenta anos, a mais importante peça do xadrez imperial germânico, com poderes semelhantes na Itália, onde o acumulou as funções – entre 1155-1190 – com o Sagrado Império Romano.

A mãe de Edwiges, Ignês Rochlethz, de família oriental, também católica, era filha de Dedon V, conde de Rochlethz e marquês de Luzyce (ou Landesberch), também de grandes riquezas e poderes. O nome Andesh, que designa a família de Bertholdo e o castelo na Baviera, aparece pela primeira vez em documentos por volta de 1080.

Quando Edwiges nasceu, em dia e mês desconhecidos de 1174, já encontrou no mundo sete irmãos – quatro homens e três mulheres. Sua chegada foi o desfecho de uma longa semana de expectativa no Castelo de Andesh. Agora, finalmente, a princesa Ignês entrava em trabalho de parto. Havia um clima de excitação no ar. As criadas providenciavam tudo que médicos e parteiras solicitavam, deslizando rápidas pelos corredores. O marido Bertholdo, apesar de experiente, demostrava nervosismo. Os Acta Sanctorum registraram assim esta passagem:

Foram horas de espera. Quando finalmente a porta dos aposentos da princesa se abriu, a parteira-chefe apareceu com o rosto iluminado pela alegria. Houve uma agitação geral. Ela perfilou-se e anunciou, solene:

- A princesa Ignês acaba de ter uma criança, que passa bem.

A mãe também está bem. É uma menina!

Quando a criança foi depositada nos braços da mãe, ganhou um sinal-da-cruz na testa e um beijo na face rosada. p. 19.

Dias depois da cerimônia de batismo, a alegria da família de Bertholdo era compartilhada com a sociedade de Andesh e das regiões vizinhas, numa festa que contou com a presença destacada do arcebispo, uma das maiores autoridades da região. O ponto algo foi o banquete, quando se consumiu muita carne de caça e vinho. As damas de honra e senhoras da nobreza comentavam:

- A criança vai se chamar Edwiges.

[...].


Um retrato de época

A essa altura do século XII, os ensinos católicos representavam a própria vanguarda da elite europeia. A criação da universidade de Paris, em 1150, pelos abades de Saint-Germain-des-Prés, subordinada diretamente ao papa, representava o triunfo da Igreja como centro irradiador de cultura. A iniciativa teve como consequência a fundação da universidade de Oxford, 15 anos depois, por estudantes e professores ingleses que haviam passado pela universidade de Paris. A Igreja se havia transformado em suporte e garantia de uma sociedade da qual ela própria era primeira beneficiária: tudo era cristandade.

Do ponto de vista da educação, era a febre do saber, o privilégio das elites, o poder da informação. Uma febre que atingiria até mesmo a pequena Edwiges, ainda em fase de alfabetização, que passou a considerar a possibilidade de permanecer para sempre no convento de Kitzingen, estudando e consagrando sua vida a Deus. A madre Petrussa, sua principal monitora, quando ouviu a confidência prontamente sugeriu uma reflexão mais profunda, ponderando: “Entregar-se ao serviço de Jesus é uma bela causa, porém, somente Deus sabe qual o melhor lugar para você servi-lo”. É certo, porém, que a partir desses dias – e por toda a adolescência – Edwiges acalentaria o sonho de viver para sempre num mosteiro. p.17.

A rotina no convento e os estudos das obras sagradas, que se intensificaram após a primeira comunhão, fizeram de Edwiges uma menina encantadora, que a todos cativava com sua vivacidade e inteligência. Certa vez, como recebesse regularmente a visita da família, ela comunicou ao pai Bertholdo, laconicamente, em tom de descoberta:

- Papai, aqui me ensinaram que os pobres verdadeiros são os preferidos de Deus.


E assim, na hesitação e na incerteza próprias da idade, ecoou em seus ouvidos o anúncio das Escrituras que diz que Deus está presente nos campos, nas florestas e que seu discurso é voltado para os simples. Desde cedo, levando tudo ao pé da letra, Edwiges começou a procurar do lado de fora do palácio os campos que Deus prestigia com sua presença. E, nisso, ela era obstinada.

Todos comentavam que Edwiges, mesmo sendo uma menina, pensava como uma adulta. Suas virtudes cristãs, manifestadas precocemente como resultado dos exercícios de purificação da alma (auto de piedade), podem e devem ser interpretadas como uma imitação de Deus, algo exemplar enquanto manifestação divina. Ou, como registram os Acta Sanctorum, “ela sempre procurava a pureza da vida inocente, evitando a leviandade e a insolência próprias da idade”.

 Foi na abadia de Kitzingen que Edwiges teria recebido uma revelação divina, por intermédio da irmã Romundes, já velha, cega e doente, que lhe confidenciou:

- O Senhor me revelou que, ao contrário do que você imagina, não será com as grinaldas celestiais das esposas de Cristo que você será coroada, mas com coroa terrena, adornada de ouro e pedras preciosas. E muito pesada, por causa de sua responsabilidade. Lembre-se que Deus estará ao seu lado para aliviar o peso, mas você será uma princesa de verdade.


Edwiges deixou os aposentos da irmã Romundes bastante intrigada, chocada mesmo, acreditando ter ouvido uma sentença capaz de lhe determinar o rumo do próprio futuro. Tudo ficaria mais claro, semanas depois, quando a irmã Berta lhe comunicou que seu pai estava vindo para buscá-la, era hora de voltar para casa. Chegara ao fim um longo e rico período de recolhimento e estudos. Do lado de fora, além dos muros da abadia, o que aguardava Edwiges era um mundo mergulhado em guerras e fanatismo. p. 29. [...].


Capítulo 3

Sinal dos tempos

 O casamento, como era visto e praticado na Idade Média, pode ser simbolizado por um jogo de cartas marcadas. Ou seja, enquanto instituição, o casamento estava a serviço de diversos interesses, inclusive da procriação e do amor. Mas, não foram estes certamente os sentimentos que aproximaram a pequena Edwiges do jovem polonês Henrique I, nessa época apenas duque da Silésia (mais tarde ele seria príncipe da Polônia, sucedendo seu pai, Boleslau). Havia interesses estratégicos nessa união, que simbolizou uma aliança de pacificação na fronteira entre os dois países – as culturas teutônicas e eslava viviam em choque e os casamentos funcionavam como uma espécie conciliação, trégua entre os nobres que defendiam seus patrimônios. Foi Bertholdo quem comunicou à filha, com alguma solenidade, que seu noivo, um jovem de família polonesa recém-cristianizada, estava a caminho de Andesh para conhece-la – e que não seria difícil para ela “simpatizar” como um rapaz com tantas virtudes: valente, forte e rico.

Henrique chegou acompanhado de alguns cavaleiros da sua guarda e foi recebido com festa no palácio. Sua alegria foi maior quando percebeu que Edwiges – além de rica – era bela e formosa. Entre os dotes da moça havia um quesito particularmente importante para o jovem duque, que investia em sua nova prática religiosa: ela era católica fervorosa. E, como havia uma certa urgência nas decisões a serem tomadas, o noivado foi formalizado e concluído em questão de dias, pois tudo havia sido decidido previamente. págs. 31-32.

quando o casamento foi celebrado, em 1186, por Godofredo de Heifenstein, bispo de Wesburgo, Henrique tinha 18 anos e Edwiges, 12. Eles estavam particularmente formosos nesse dia – Henrique com seu traje de nobre, espada reluzente na cintura, e Edwiges no melhor vestido, confeccionado durante dias pelas melhores costureiras. Na cabeça, uma grinalda ornamentada com pedras preciosas em forma de coroa (porém, não era uma coroa), de formato baixo, mais parecida com uma grinalda.

Os convidados para a cerimônia em Andesh foram escolhidos a dedo e representavam a fina flor das aristocracias alemã e polonesa. [...]. Esses mesmos convidados, todos da nobreza, eram testemunhas do empenho das duas famílias em estabelecer uma “união de forças” contra a invasão dos bárbaros, que perseguiam os proprietários de terras e saqueavam suas mansões. O fato de estarem combatendo, na condição de aliados, um inimigo comum ajudava a dissipar antigas mazelas e desavenças entre os príncipes. Em tempo de guerra, era necessário adotar e reconsiderar as estratégias – e o casamento era uma delas.

Para Edwiges, a possibilidade de se afastar da família, depois da experiência de seis anos no mosteiro de Kitzingen, não seria mais um grande sofrimento. Ela estava experiente e podia encarar com alguma naturalidade o fato de, logo após o casamento, ter que se mudar para a Silésia, na Polônia, onde seu jovem marido era o senhor. Dias depois, quando as condições do tempo permitiram, uma pequena comitiva uma pequena comitiva deixava o castelo de Andesh, em carruagens, seguindo em direção ao leste. Uma violenta tempestade de neve, porém, iria intercepta-los no meio do caminho. Eles ficaram abrigados num castelo pertencente ao pai de Henrique, o nobre Boleslau.

O imprevisto iria retardar em alguns dias a chegada do casal ao castelo de Breslau, onde seriam recebidos pelo repicar de sinos e as boas vindas do bispo Siroslau. Depois da bênção na catedral, todos rezaram pedindo que o nobre Henrique I, agora adulto e no poder, tivesse serenidade para dirigir os destinos da pátria, ou seja, da Silésia. p. 33.

[...].

26 de setembro de 2024

O PADRE QUE FOI ESPANCADO POR SEUS TORTURADORES NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO

“Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Porque a circuncisão e a incircuncisão de nada valem, mas sim a nova criatura. A todos que seguirem esta regra, a paz e a misericórdia, assim como ao Israel de Deus. De ora em diante ninguém me moleste, porque trago em meu corpo as marcas de Jesus. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com vosso espírito, irmãos. Amém”. Gálatas 6: 14-18

Referência e fonte de pesquisa: ACN Brasil - YouTube


Descrição do Vídeo: O Padre Tertulian foi uma das incontáveis vítimas dos horrores da Segunda Guerra Mundial. Encarcerado em um campo de concentração, ele enfrentou espancamentos brutais e torturas constantes por parte de seus agressores. Mesmo diante de tanta crueldade e sofrimento, Padre Tertulian permaneceu firme em sua fé e nos valores que defendia. Suas experiências no campo de concentração exemplificam a brutalidade desumana da guerra, mas também a força de quem, mesmo torturado, não abandonou sua esperança e princípios.


9 de setembro de 2024

O Segredo do Demônio para Destruir Sua Alma!


FONTE DE PESQUISA PELO YOUTUBE: PADRE PIO - ASSOCIAÇÃO REGINA FIDEI

15 de agosto de 2024

Livros Apócrifos de Enoque e Vida e Milagres de São Bento - Download

 

livros de Enoque e São Bento; Download




18 de julho de 2024

PROFECIA: Os 3 Dias de Trevas e Grandes Castigos



FONTE DE PESQUISA PELO YOUTUBE: PADRE PIO - ASSOCIAÇÃO REGINA FIDEI

25 de fevereiro de 2024

MUITOS DOS PRIMEIROS SERÃO OS ÚLTIMOS, E MUITOS DOS ÚLTIMOS, OS PRIMEIROS! (PARTE FINAL)

Artigo; Muitos dos primeiros serão os últimos, e muitos últimos, os primeiro; Parábola do homem rico, e do Lázaro; parte final
Ilustração de Lázaro no Portão do Homem Rico, de
Fyodor Bronnikov, 1886
 O jovem rico


O Senhor Jesus Cristo faz uma descrição comparativa entre dois exemplos de cristãos: o rico e o pobre. Os ricos que praticam os mandamentos de Jesus, e os pobres que fielmente os fazem serão salvos. Com a ressalva que no Reino dos Céus, o menor (pobre) que foi aqui na terra, isto é, os desprezados, humilhados, e que se despojaram das riquezas, da fama e de qualquer outro poder deste mundo. E que se puseram a servir com humildade ao Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, serão grandes e galardoados no céu: Disse lhe então o moço: "Tudo isso tenho guardado. Que me falta ainda?" Jesus lhe respondeu: "Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me". O moço, ouvindo essa palavra, saiu pesaroso, pois era possuidor de muitos bens. Então Jesus disse aos seus discípulos: "Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no Reino dos Céus. E vos digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". Mt 19:20-24

Os discípulos de Jesus ficaram perplexos e se indagaram, porque o Senhor havia dito: “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que de um rico entrar no Reino dos Céus”. Mt 19:24. Então, eles perguntaram, se é “impossível” um rico ser salvo, quem poderá se salvar? Jesus, fitando-os, disse: "Ao homem isso é impossível, mas a Deus tudo é possível". Mt 19:26. Os seguidores do Senhor e nós muitas vezes, não conseguimos interpretar, ou receber de Deus o significado das parábolas e expressões que Jesus nos comunicava. Há uma passagem bíblica que diz, “onde estiver o vosso coração [3], ali estará o vosso tesouro”. O empecilho que prejudicava o jovem rico, era a riqueza, pois por causa delas, ele não estava com o coração voltado completamente para as coisas de Deus. Dificultava, aliás, a comunhão completa com Deus, pois, por ser muito rico, o seu apego e a sua confiança estavam voltados, exclusivamente, para as riquezas. Portanto, ele não era perfeito diante de Deus, pois o Senhor mesmo disse: “Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro”. Mt 6:24. No texto bíblico de Mateus, analisamos todo o contexto da narrativa dos discípulos com o Senhor:

Ao ouvirem isso, os discípulos ficaram muito espantados e disseram: "Quem poderá então salvar-se?" Jesus, fitando-os, disse: "Ao homem isso é impossível, mas a Deus tudo é possível". Pedro, tomando então a palavra, disse: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos. O que é que vamos receber?" Disse lhe Jesus: "Em verdade vos digo que, quando as coisas forem renovadas, e o Filho do Homem se assentar no seu trono de glória, também vós, que me seguistes, vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por causa do meu nome, receberá muito mais e herdará a vida eterna. Muitos dos primeiros serão últimos, e muitos dos últimos, primeiros. Mt 19:25-30


O Sermão das Bem-Aventuranças

Em certa ocasião, o Senhor Jesus comentou com os discípulos, a respeito de João Batista [4], dizendo que dentre os nascidos de mulher, ninguém era maior que João, mas o menor no Reino dos Céus, seria maior que ele. Nosso Senhor, novamente fez uma afirmação de que os pequenos, os desprezados e os que se fizeram, ou foram pobres no mundo, mas, que os serviram, serão maiores que João Batista. Fazendo uma relação entre a pessoa de João e os ricos cristãos, questionamos, quem deles será o maior no Reino de Deus? A resposta é clara, pois é óbvio que João Batista será maior no reino celestial, do que os ricos deste mundo. Porquanto eles já receberam o galardão terreno, tiveram um alto padrão de vida, não sofreram com o frio e o calor; não viveram uma vida solitária e angustiante. Possuíram muitos amigos que os tratavam bem; tiveram inumeráveis dias de lazer e festas; praticavam esportes; viajavam pelo mundo, conhecendo lugares exuberantes em resorts e hotéis de luxo; degustaram as comidas mais requintadas nos melhores restaurantes e etc. No sermão das Bem-Aventuranças, nós verificamos a confirmação desses argumentos:

Desceu com eles e parou num lugar plano, onde havia numeroso grupo de discípulos e imensa multidão de pessoas de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidônia. Tinham vindo para ouvi-lo e ser curados de suas doenças. Os atormentados por espíritos impuros também eram curados. E toda a multidão procurava tocá-lo, porque dele saía uma força que a todos curava. Erguendo então os olhos para os seus discípulos, dizia: "Bem aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Bem aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bem aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem aventurados sereis quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem, insultarem e proscreverem vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque no céu será grande a vossa recompensa; pois do mesmo modo seus pais tratavam os profetas. Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes a vossa consolação! Ai de vós, que agora estais saciados, porque tereis fome! Ai de vós, que agora rides, porque conhecereis o luto e as lágrimas! Ai de vós, quando todos vos bendisserem, pois do mesmo modo seus pais tratavam os falsos profetas. Lc 6:17-26

Em última análise, a principal lição que podemos extrair deste tema é que as riquezas só têm valor quando estão isentas de impiedade. Como já mencionado, existem pessoas que possuem um considerável poder aquisitivo e poderiam facilmente viver de maneira confortável, desfrutando dos prazeres da vida de forma tranquila. No entanto, em obediência a Cristo, elas optaram por negar a si mesmas e servir ao Senhor, manifestando seu amor por meio do cuidado com os irmãos mais necessitados. Dedicar-se integralmente à fé e às boas obras é o que essas pessoas fazem, dia e noite. Elas prestam culto a Deus e cuidam dos enfermos, visitam os encarcerados e acolhem aqueles que vivem em situação de rua, estendendo a mão a todos que, diante da indiferença e do descaso de um mundo cada vez mais egoísta, lutam para sobreviver. No dia do juízo final, durante a segunda vinda de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, Ele virá exercer a justiça e recompensar os justos que, com coragem, renunciaram à impiedade, aos prazeres efêmeros e às riquezas injustas.

"Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, E porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então dirá o rei aos que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Pois tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me recolhestes. Estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, preso e viestes ver me'. Então os justos lhe responderão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te alimentamos, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos forasteiro e te recolhemos ou nu e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te ver?' Ao que lhes responderá o rei: 'Em verdade vos digo: cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes'. Em seguida, dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Apartai vos de mim, malditos, para o fogo eterno preparado para o diabo e para os seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer. Tive sede e não me destes de beber. Fui forasteiro e não me recolhestes. Estive nu e não me vestistes, doente e preso, e não me visitastes'. Então, também eles responderão: 'Senhor, quando é que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso e não te servimos?' E ele responderá com estas palavras: 'Em verdade vos digo: todas as vezes que o deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer'. E irão estes para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna". Mt 25:31-46



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1. MEU DEUS, O Senhor sempre age com justiça quando eu levo algum problema à sua presença. Agora eu quero fazer uma queixa: por que as pessoas más e desonestas sobem na vida e ficam ricas? Por que os falsos e pecadores vivem felizes e tranquilos? O Senhor planta essa gente, ela cria raízes e enriquece. Seus lucros aumentam a cada dia. Eles dizem: "Graças a Deus! ", mas é tudo da boca para fora. No fundo do coração, não dão importância ao Senhor. Mas veja o que acontece comigo, pobre e desprezado. O Senhor conhece bem o meu coração, sabe como eu O amo. Ó Deus, leve embora esse povo, como ovelhas indo para o matadouro; dê a ele um terrível castigo! Até quando nossa terra vai ter de suportar as maldades dessa gente? A relva do campo seca por causa desses pecados, os animais e as aves morrem porque os homens desobedecem a Deus, e ainda dizem: Essas ameaças de castigo que Jeremias anda anunciando nunca acontecerão! " Jr 12:1-4

3. Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está o teu tesouro aí estará também teu coração. Mt 6:19-21


4. Tendo partido os enviados de João, Jesus começou a falar às multidões a respeito de João: "Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Mas que fostes ver? Um homem vestido com vestes finas? Ora, os que usam vestes suntuosas e vivem em delícias estão nos palácios reais. Então, que fostes ver? Um profeta? Eu vos afirmo que sim, e mais do que um profeta. É dele que está escrito: Eis que eu envio meu mensageiro à tua frente, ele preparará o teu caminho diante de ti. Digo vos que dentre os nascidos de mulher não há um maior do que João; mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele." Lc 7:24-28

5. ALELUIA! GLÓRIA AO Senhor! Quem ama e obedece ao Senhor e cumpre com alegria os seus mandamentos tem uma vida cheia de bênçãos e alegrias! Sua família será rica e famosa em toda a terra; os filhos e netos deste homem direito serão abençoados por Deus. Ele será rico e sempre lembrado pelas coisas boas que fez. Quando ele estiver cercado pela escuridão, Deus iluminará o seu caminho. Por isso, ele é bondoso, gosta de ajudar os outros e sempre age com justiça. Este homem bom sente grande alegria em ajudar os necessitados com seus bens e sempre realiza seus negócios com honestidade. Ele nunca será derrotado pelas dificuldades da vida e todos se lembrarão dele como um homem justo. Ele não tem medo de más notícias porque o seu coração confia totalmente no Senhor e ele tem uma base firme para sua vida. Por isso, não tem medo de seus inimigos; sabe que Deus o ajudará a vencer. Ele reparte seus bens, ajuda os pobres e necessitados. E assim, será sempre lembrado pelas suas boas obras. Ele terá muita influência e honra em sua sociedade. Os pecadores perversos ficarão furiosos vendo isso; rangerão os dentes e desaparecerão, sem esperança de conseguir sucesso. Sl 112:1-10


Referências


Bíblia Sagrada
Nuno, Fernando. Antônio: O santo do amor. – Rio de Janeiro: 
Objetiva, 2007.

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